Meningite Bacteriana

O que é meningite?

Meningite e a inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal.

Quais os agentes causais?

São eles: vírus, bactérias, fungos e até mesmo alguns parasitas. As virais são as mais comuns e de menor gravidade. As bacterianas são as mais graves, responsáveis por índice elevado de óbito (até 20% das meningites meningocócicas) e sequelas motoras e neurológicas principalmente.

As meningites fúngicas estão muito relacionadas a pessoas imunocomprometidas (como as portadoras de HIV por exemplo) e as parasitarias, mais raras são causadas por alguns parasitas específicos como a cisticercose.

Quais as principais bactérias que causam meningite?

Meningococo (Neisseria meningitidis):  De evolução rápida, mata um a cada cinco infectados ou, quando atinge a corrente sanguínea, sete a cada dez. Também pode acarretar cegueira, surdez, problemas neurológicos e amputação de membros. Os tipos A, B, C, W e Y são os mais comuns no mundo. No Brasil o sorotipo mais comum ainda é o sorotipo C.

Pneumococo (Streptococcus pneumoniae): O pneumococo acomete geralmente o sistema respiratório, mas pode afetar as meninges (meningite) e o sangue (bacteremia). Tais quadros, chamados de Doença Pneumocócica Invasiva, são semelhantes aos causados pelo meningococo. A letalidade da meningite pneumocócica, contudo, é maior que a da meningocócica: 30%.

Haemophillus Influenzae b (Hib): Pode entrar na corrente sanguínea  disseminar-se pelo organismo, causando meningite, pneumonia, inflamação da garganta, artrite, infecção da membrana que recobre o coração, infecção dos ossos, entre outros. Graças à vacinação, é pouco comum no país atualmente, mas pode voltar se as coberturas vacinais caírem.

Mycobacterium tuberculosis (bacilo de koch): A bactéria responsável pela tuberculose por vezes se instala em órgãos além do pulmão, como as meninges. O risco de meningite tuberculosa é maior em crianças pequenas e em pacientes imunodeprimidos. É considerada altamente letal.

Quando suspeitar da doença?

Os sintomas iniciais são semelhantes ao de diversas enfermidades, o que torna o diagnóstico difícil, muitas vezes confundindo, na fase inicial, com quadros de processos virais comuns. Entre eles estão febre alta, dor de cabeça, queda do estado geral, náusea, vômito em jato e aumento da sensibilidade à luz (fotofobia). Alguns sinais fortalecem a suspeita de que o quadro é de meningite. São eles: rigidez do pescoço e da nuca — que podem não estar presentes, sobretudo em lactentes (crianças com até 2 anos) — e petéquias (manchas arroxeadas provenientes de pequenos sangramentos dos vasos da pele).

O tratamento da doença com antibióticos muitas vezes não impede a evolução para o óbito ou sequelas como: surdez, comprometimento neurológico e até mesmo amputação de membros.

Como posso evitar a doença?

Atenção para a importância de ter a vacinação em dia, já que essa é uma doença muito grave e cuja prevenção se dá com vacinas disponíveis no Programa Nacional de Imunização (PNI) e na rede privada.

Para a proteção contra a meningite pneumocócica temos duas vacinas:

Pneumo 10 V: previne contra 10 sorotipos da doença pneumocócica, disponível para vacinação na rede pública.

Pneumo 13 V : previne contra 13 sorotipos da doença pneumocócica, disponível para vacinação na rede particular.

Para a meningite pelo Haemophillus Influenzae b (Hib):

Encontramos essa vacina combinada a outras e de forma isolada.

Na rede pública encontramos disponível dentro da vacina Pentavalente de células inteiras (DTPw+ Hib+ HB)

Na rede particular, disponível combinada à Hexavalente acelular (DTPa + Hib + HB + IPV) e Pentavalente Acelular (DTPa + Hib + IPV).

E também isoladamente como HIB nas clinicas particulares.

A Meningite Tuberculosa é prevenida quando tomamos a vacina BCG logo após o nascimento.

Meningite meningocócica : Atualmente temos 6 vacinas para meningococo licenciadas pela ANVISA no Brasil – 4 delas protegem contra os sorotipos A, C,W e Y e 2 contra o tipo B.

Como está a cobertura vacinal para a meningite meningocócica?

Nossas taxas estão muito abaixo do necessário para proteger a população. No caso da meningite do tipo C, segundo dados do Datasus, a cobertura vacinal atualmente está em 52% em âmbito nacional e em 42,5% na capital paulista. Em 2015, ambas estavam no nível de 98%, quando o desejável é que seja em torno de 95%.

 

A informação é nossa melhor forma de proteção, fique atento e mantenha sua vacinação em dia.

NEOCENTRO VACINAS – Proteção e carinho a vida toda!

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