Sarampo – 4 questões que todos os pais precisam saber

1) O sarampo é uma doença grave, especialmente em crianças com menos de 5 anos. Não há como prever a evolução do quadro e a severidade dos sintomas, mas dados americanos mostram que:

– Cerca de 1 em cada 5 pessoas com sarampo são hospitalizadas;

– 1 em cada 1000 pessoas com sarampo apresentarão complicações neurológicas;

– 1 a 3 em cada 1000 pessoas com sarampo irão perder a vida, mesmo recebendo cuidados médicos adequados.

Alguns sintomas comuns do sarampo são:

– Febre alta (até 40ºC ou mais);

– Tosse;

– Coriza;

– Conjuntivite (olhos vermelhos e com lacrimejamento);

– Erupção cutânea máculo papular 3 a 5 dias após o início dos sintomas.

 2) O sarampo é muito contagioso: o vírus se espalha através do ar quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. Uma pessoa pode contaminar de 9 a 10 indivíduos não imunes de seu convívio. É importante lembrar que mesmo ANTES de ter sintomas da doença (4 dias antes até 4 dias após o aparecimento do exantema) ocorre a transmissão. O vírus pode permanecer vivo por até 2 horas no ambiente após a saída da pessoa contaminada.

 

3) O sarampo voltou a acontecer no Brasil: após os últimos casos da doença em 2015, o Brasil recebeu em 2016 a certificação da eliminação do vírus. Nos anos de 2016 e 2017 não foram confirmados casos de sarampo no país. Em 2018, a doença voltou e foram registrados 10,3 mil casos, o que levou à perda da certificação de “país livre de sarampo”. E a partir daí temos observado um crescente avanço do número de casos e a principal razão é a baixa cobertura vacinal, especialmente nos dois últimos anos, chegando a menos de 60%.

 

 4) Você tem o poder de proteger seu filho contra o sarampo com uma vacina segura e efetiva: a vacina contra sarampo foi introduzida no calendário vacinal na década de 60 e está disponível sob 2 apresentações: – Tríplice viral, que protege do sarampo, rubéola e caxumba e a Tetra viral, que protege também da varicela (catapora). Seu filho precisa de apenas 2 doses para ficar protegido.

 

A baixa cobertura vacinal é sem dúvida, o fator mais importante no retorno do sarampo, e estudos mostram que a pandemia por Covid 19 em 2020 e 2021 reduziu a cobertura vacinal em geral, o que deixa a população vulnerável não apenas ao sarampo, mas também a outras patologias graves, como gripe, meningites bacterianas, pneumonia, paralisia infantil, coqueluche, etc.

Historicamente sabemos que o próprio controle da doença, com redução ou desaparecimento dos casos, leva a uma falsa sensação de que a doença não existe mais e a uma redução na procura pelas vacinas, mesmo estando disponível no Programa Nacional de Imunização (PNI) e recomendadas pelos órgãos competentes.

Atenção às orientações médicas e manter o calendário de vacinação em dia são as melhores formas de cuidado não apenas da nossa saúde pessoal, mas da saúde de toda comunidade.

 

Fontes: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/23418b-NA_Risco_de_poliomielite_e_sarampo.pdf

https://www.saude.mg.gov.br/sarampo

https://www.cdc.gov/measles/about/parents-top4.html

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.