Novas Vacinas e Anticorpos Contra o VSR: Como a Proteção para Bebês e Idosos Evoluiu no Brasil

Nos últimos anos, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) tem se destacado como uma das principais causas de infecções respiratórias graves no Brasil, especialmente entre bebês e idosos. Esse vírus, responsável por bronquiolites e pneumonias, gera um impacto significativo no sistema de saúde, com aumento de hospitalizações durante os meses de maior circulação do vírus. As crianças com menos de dois anos e os idosos representam os grupos mais vulneráveis, muitas vezes necessitando de cuidados intensivos. Em resposta a esse cenário, avanços importantes foram feitos no combate ao VSR, com o lançamento de novas vacinas e anticorpos específicos, que têm revolucionado a prevenção e proteção dessas populações de risco.

Em 2023, o anticorpo monoclonal Nirsevimabe foi um grande avanço, sendo recomendado para a prevenção do VSR em bebês, especialmente prematuros ou aqueles com condições de risco. Diferente de uma vacina tradicional, o Nirsevimabe oferece proteção imediata ao ser administrado, agindo como um “escudo” passivo contra o vírus.

Além disso, outro imunizante, o Arexvy, fabricado pela GlaxoSmithKline (GSK), foi aprovado para a população idosa no Brasil, reforçando a estratégia de proteção contra o VSR tanto para bebês quanto para idosos, que são os grupos mais vulneráveis.

Recentemente, em abril de 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina Abrysvo, da Pfizer, para proteger bebês contra o VSR. A aplicação é feita em gestantes durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez, transferindo os anticorpos para o bebê e protegendo-o contra o vírus nos primeiros seis meses de vida. Estudos mostraram que a Abrysvo foi eficaz em prevenir até 82% dos casos graves de doenças respiratórias causadas pelo VSR nos três primeiros meses dos bebês, caindo para 69% aos seis meses​. 

A incorporação dessas vacinas e tratamentos representa um grande passo para a saúde pública, ajudando a prevenir hospitalizações e complicações graves associadas ao VSR, sobretudo em períodos de maior circulação do vírus, como o outono e o inverno.

Para mais informações e atualizações sobre as vacinas contra o VSR, consulte a equipe Neocentro e também as diretrizes da Sociedade Brasileira de Imunizações e as regulamentações da Anvisa​.

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